IMPÉRIO SERRANO
Desfila no domingo, 19/02, a partir das 22hs.
Com sua base comunitária no Morro da Serrinha, Madureira, subúrbio do Rio, o Império Serrano possui ligações genéticas com os trabalhadores da estiva. Vários deles deixaram a Prazer da Serrinha para fundar uma nova e promissora Escola de Samba, o Império Serrano.
SAMBA-ENREDO
“Lugares de Arlindo”
Autores: Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrósio Aurélio
Intérprete: Ito Melodia
ACORDE PARTIDEIRO SEM IGUAL, NASCIA ENTÃO, UM SAMBA DO SEU JEITO
RELUZ FEITO CANDEIA, IMORTAL, O COMPOSITOR, SAMBISTA PERFEITO
LEVADA DE TANTAN, BANJO E REPIQUE, POESIA DE UM CACIQUE, MALANDRAGEM DEU LIÇÃO
INSPIRAÇÃO DE VENTRE ANCESTRAL, O DUETO, A PATENTE VEM DO FUNDO DO QUINTAL
NA BOÊMIA, NO SUBÚRBIO, NA VIELA... O SEU NOME É FAVELA: MADUREIRA
DAGÔ, DAGÔ SARAVÁ, OBÁ KAÔ
O BRADO QUE TRAZ JUSTIÇA, FAZ A VIDA RECOMPOR
DEIXA, O FIM DA TRISTEZA AINDA HÁ DE CHEGAR
O SHOW DO ARTISTA VAI CONTINUAR
MORANDO NOS SAMBAS QUE VOCÊ FEZ PRA MIM
IMPERIANO SIM!
NO VERSO QUE AFLORA
GIRAM OS SONHOS DA PORTA-BANDEIRA
O AMOR DE ORFEU MELODIA NAMORA
SERRINHA É TEU CANTO PRA VIDA INTEIRA
DAGÔ, DAGÔ É A LUA DE ARUANDA
A ESPADA É DE GUERRA E OGUM VENCE DEMANDA
CERCADO DE AXÉ, SEMEIA O BEM, O POVO A CANTAR LALAIÁ LALAIÁ LAIÁ
RECEBA A GRATIDÃO, REIZINHO DESSE CHÃO, AQUI É O TEU LUGAR
UMA PORÇÃO DE FÉ... O FILHO DO VERDE ESPERANÇA NOS CONDUZ
ZAMBI DA COROA IMPERIAL, ABIAXÉ, ARLINDO CRUZ
FIRMA NA PALMA DA MÃO, TEM ALUJÁ E AGOGÔ
IMPÉRIO DE JORGE, OXÊ DE XANGÔ
LAROYÊ EPA BABÁ
HÁ DE RONCAR MEU TAMBOR
O VERSO DE ARLINDO, MORADA DO AMOR
Copyright: Editora Musical Escola de Samba Ltda
ENREDO
"Lugares de Arlindo"
Carnavalesco: Alex de Souza
No dedilhar das cordas, nascia o músico e, nos festivais, o compositor.
A luz de Candeia iluminou o caminho, que o levou ao seu lugar.
Onde fica esse lugar?
Fica no samba de roda, na roda de amigos, num bloco de caciques brincando o carnaval.
No fundo de quintal, onde o “bom aprendiz”, recebeu a maior “Lição de Malandragem”: a de ser um artista popular.
Junto ao partido-alto, ao batuque e ao pagode.
Em Madureira, sorriso, paz e prazer de um suburbano nato orgulhoso, do povo do gueto, dos becos e vielas.
Na fé de quem tem o corpo fechado. Na arte que vem do batuque dos terreiros, na tradição dos tambores de Xangô. Na herança cultural e religiosa que dá o tom de sua música.
Dentro do coração de um romântico Orfeu, senhor e cativo nas artes da paixão.
Em plena passarela, na “festa da massa”, que cantava seus hinos, onde imperou sua porta-bandeira, o grande amor.
No glorioso Império Serrano, que, com a proteção de São Jorge Guerreiro, também retorna ao seu verdadeiro lugar.
A recordar aquarelas de Silas, Mano Décio da Viola, com Beto Sem Braço, Aluísio Machado e Roberto Ribeiro. Está na Rainha Ivone, cantando ao alvorecer e lembrando que a Pérola Negra passou por aqui.
Está no palco com os amigos de sempre, seus parceiros e intérpretes.
O lugar de um “sambista perfeito”, neste show que jamais se encerrará.
Concentra-se na força desse homem que nada derruba e sabe que “ainda é tempo pra ser feliz”.
Esse lugar se encontra, enfim, em um de seus versos: “Sou eu, sou eu, sou eu, sou eu”.
Carnavalesco: Alex de Souza
Editor e pesquisador: Leonardo Lichote
FICHA TÉCNICA
Fundação: 23/03/1947
Cores: Verde e Branco
Presidente: Sandro Avelar
Carnavalesco: Alex de Souza
Mestre de Bateria: Mestre Vitinho
Rainha de Bateria: Darlin Ferrattry
Mestre-Sala e Porta-Bandeira: Marlon Flôres e Danielle Nascimento
Comissão de Frente:Júnior Scapin
Quadra: Av. Ministro Edgar Romero, 114 – Madureira, Rio de Janeiro
Barracão: Cidade do Samba (Barracão nº 07) - Rua Rivadávia Correa, nº 60 - Gamboa - CEP: 20.220-290